Por Lúcio Costa
Há tempos em que singelamente vive-se. Percorrem-se os caminhos com a displicência com que se vai vai pelas calçadas a bordar a vida de cotidianidades.
Noutros dias fazem-se os tempos, se escreve a história e dá -se sentido a narrativa da vida de cada um e das gentes todas, de um Pais, de uma Nação, de um povo.
São essas as horas e os dias vividos. Tempos em que a casa grande conspira para tornar os de baixo à senzala e a chibata dos capitães do mato.
Tenha-se piedade – porque, como dizia o poeta, de tudo de se há de tê-la – dos que a escusas do passado e a sob o manto de “razões e sentimentos puros” refugiam-se do tempo presente, dos que ficam a revirar o baú de recuerdos para manterem-se a salvo dos dias.
Tristes das gentis almas que alejadas destes dias se dedicam a comentar a vida e a apontar as gentes que, umas cansadas, muitas pecadoras e umas poucas puras – pois, são escassas as almas e mãos sem pecados – persistem na lida de arrancar alegria ao futuro.
Tinha razão Maiakovsky: “morrer é fácil, difícil é a vida em seu ofício”.
Saudações aos que lutam.
Viva o povo brasileiro.
#NãoVaiTerGolpe