
Esta é a síntese da reunião do Diretório Estadual do PT/RS que se realizou neste sábado (21/5) em Porto Alegre.
Com a presença do dirigente nacional Carlos Henrique Árabe, que fez uma avaliação política nacional, denunciando a escalada repressiva aos movimentos e aos direitos dos trabalhadores; os dirigentes estaduais se revezaram na defesa da democracia. Foram unânimes em afirmar que o golpe já diz a que veio, “mesmo em apenas 15 dias da instalação da gestão ilegal de Temer, o corte nas políticas sociais, o descaso com os servidores públicos, a sanha privatista, o crescimento da repressão e a precarização do trabalho, apontam os caminhos que trilham os golpistas, o do neoliberalismo que atende o mercado, a agenda financista e o ataque as organizações populares”, definiram os petistas, que não esqueceram as semelhanças com as políticas do governo Sartori – PMDB.
O PT/RS reafirmou o seu compromisso com os movimentos sociais e com as ruas, forças que fazem frente aos retrocessos sociais e com capacidade de derrubar o governo ilegítimo de Temer.
As eleições de 2016 e a construção do Encontro Extraordinário do partido também balizaram boa parte do debate. Para a disputa municipal bases programáticas e partidos, como o PCdoB, foram citados como aliados para as eleições. “O desafio será o enfrentamento radical do golpe e um programa que seja a alternativa à esquerda, no campo democrático e popular e à escalada neoliberal”, reafirmaram os petistas.
Para o Encontro Extraordinário, o PT gaúcho aprovou um congresso que sirva para tirar uma nova estratégia para a luta de classes no Brasil e na América Latina, que aprove uma política que expresse um partido de lutas e de esquerda, e com delegados eleitos pela base.
Abaixo a Resolução:
Orientação sobre a Política de Alianças
A admissão do processo de impeachment pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal representa um golpe contra a Constituição brasileira. Viola a legalidade democrática e abre caminho para o surgimento de um governo ilegítimo. Escancara também, o caráter conservador, fundamentalista e fisiológico da maioria parlamentar eleita pelo peso do poder econômico.As forças golpistas expressam a coalizão antipopular e reacionária. Forjada no atropelo à soberania das urnas, ela se aglutina ao redor de um programa para restauração conservadora, marcado por ataques às conquistas dos trabalhadores, cortes nos programas sociais, privatização da Petrobras, achatamento dos salários, entrega das riquezas nacionais, retrocessos nos direitos civis e repressão aos movimentos sociais. O programa neoliberal difundido pela cúpula do PMDB “Uma Ponte para o Futuro” e o início do governo golpista estampam com nitidez estas propostas.
Tendo clareza deste cenário, a política que deve nortear as composições nas eleições municipais tem que estar em consonância com o enfrentamento e a denúncia do golpe, bandeira de todos os lutadores sociais e defensores da democracia. O PT/RS entende que a denúncia do golpe e a defesa da democracia balizarão o processo eleitoral.
As alianças municipais devem ser construídas sobre bases programáticas, abrangendo partidos que compõem a Frente Brasil Popular e Frente Povo Sem Medo e também setores partidários e personalidades que se posicionaram em defesa da democracia e contra este impeachment sem crime de responsabilidade.
A construção da política de alianças deve assegurar que as candidaturas que a compõe tenham compromisso com a democracia e com a denúncia do golpe e da ilegitimidade do governo Temer.
O Diretório Estadual estabelece 20 de junho como a data limite para que as Direções Municipais informem à Executiva Estadual o estágio de construção das respectivas alianças e delibera que a Executiva Estadual não homologará alianças que não obedecerem a presente resolução.
Golpistas não serão aliados do PT!
Porto Alegre, 21 de maio de 2016
Diretório Estadual – PT/RS
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“Para nós está claro que a disputa eleitoral não se dará nos quadros da eleição de 2012. Rediscutimos quem serão nossos aliados. Vamos fazer alianças com partidos do campo democrático e popular e estender esse diálogo a partidos ou setores que possam construir conosco campos de governo comuns”, disse.