Músico, dramaturgo, escritor e um dos maiores nomes da música popular brasileira, Francisco Buarque de Hollanda completa 72 anos, neste 19 de junho.
Nasceu no Rio de Janeiro, em 1944, e começou a sua trajetória profissional ao escrever canções líricas; posteriormente, na época da ditadura militar, protestou contra a falta de liberdade no país.
Em 1965, Chico musicou o poema Morte e Vida Severina, de João Cabral de Melo Neto, para a montagem da peça teatral de mesmo nome que é sucesso até hoje.
Ameaçado pelo regime, auto-exilou-se em Itália em 1969, período em que compôs as canções Apesar de você e Cálice, proibidas pela censura brasileira.
Na redemocratização, Chico tornou-se um cronista da vida brasileira denunciando, nas suas composições, aspectos sociais, econômicos e culturais do país, como os menores abandonados, as prostitutas; e cantou os amantes, o tempo, as cidades, as crianças, entre outros.
Ao longo da sua carreira, foi parceiro de composição e intérprete de grandes sucessos dos maiores artistas da MPB, como Tom Jobim, Vinicius de Moraes, Toquinho, Milton Nascimento, Ruy Guerra e Caetano Veloso.
Entre os prêmios que lhe foram atribuídos estão: Troféu Imprensa, Prêmio Jabuti, Grammy Latino e Prêmio da Associação Paulista dos Críticos de Arte.
Para além do músico, do dramaturgo e do escritor, há o Chico Buarque político; assim como o pai, Sérgio Buarque de Holanda, fundador do PT, em 1980.
Atualmente, Chico segue na senda da democracia, tendo participado de variadas manifestações contra o impeachment da presidenta Dilma assim como, apoiado os movimentos sociais como, por exemplo, as ocupações de escolas pelos estudantes secundaristas.