Luto Nacional
O governo boliviano declarou três dias de luto nacional pela morte do vice-ministro de Regime Interior, Rodolfo Illanes, sequestrado e assassinado por cooperativistas mineiros que mantinham bloqueadas várias estradas do país.
Illanes, de 54 anos, foi tomado como refém na manhã desta quinta-feira por grupos de mineiros privados na localidade de Panduro, a 186 quilômetros de La Paz, enquanto tentava conciliar uma proposta negociadora com os mesmos.
Segundo informes preliminares, a causa da morte foi um derrame cerebral e torácico, causados pelos golpes recebidos.
De acordo com a ministra de Comunicação, Marianela Paco, o corpo será velado no Palácio de Governo nas próximas horas.
O presidente Evo Morales expressou sua profunda dor pela morte de Illanes e disse:
Esperamos que os autores materiais e intelectuais deste fato respondam perante a justiça. O vice-ministro somente foi tratar de convencê-los de dialogar para resolver o conflito, não entendo como os irmãos mineiros fizeram isto
Conspiração golpista
O presidente Evo Morales afirmou que o assassinato Illanes constitui uma conspiração política contra seu governo.
Além disso, afirmou que a Bolívia se encontra perante um complô permanente e ressaltou que vários elementos da oposição de direita apoiaram as demandas de caráter privatizador dos mobilizados.
Segundo Morales, a Bolívia se encontra perante um complô permanente e ressaltou que vários elementos da oposição de direita apoiaram as demandas de caráter privatizador dos mobilizados.
Federação Sindical de Trabalhadores Mineiros da Bolívia condena assassinato
O executivo da Federação Sindical de Trabalhadores Mineiros da Bolívia (FSTMB, Orlando Gutiérrez, repudiou o assassinato do vice-ministro do Regime Interior Rodolfo Illanes, enquanto encontrava-se sequestrado por cooperativistas mineiros.
Gutiérrez disse:
Em nome da FSTMB repudiamos a atitude de tirar a vida de um ser humano. É repudiável esta barbárie quando precisamente o companheiro Illanes, corajosamente, chegou para resolver o conflito, querendo buscar um diálogo com o setor.
O diretor refletiu sobre o conflito suscitado pela direção da Federação de Cooperativas Mineiras da Bolívia (Fencomin) que exortou o bloqueio de estradas e uso de dinamite, ação que nesta semana deixou dezenas de feridos, alguns deles gravemente, assim como a morte de dois trabalhadores do setor.
Em dado momento alertamos que, em vez de chamar à pacificação, (a Fencomin) saiu com discursos incendiários. Esta atitude a condena o povo boliviano, assegurou.
De igual forma, considerou lamentáveis posturas que ‘já deixam de fazer sentido reivindicativo e atentam contra a democracia de maneira direta’.
O executivo da Fstmb exortou novamente à direção das cooperativas mineiras a tomar decisões sérias para estabelecer o diálogo com o Governo, a fim de encontrar uma solução pacífica.
Gutiérrez definiu que a Concobol (Confederação Nacional de Cooperativas da Bolívia) e a Fencomin ‘tem que ser mais sensatos e maduros ao tomar decisões e chamar à pacificação definitiva’.
Os manifestantes rejeitam a aprovação da Lei de Cooperativas alegando que a sindicalização ao interior dessas instituições afetaria seus trabalhos.
Segundo autoridades, o objetivo real dos protestos é o interesse de membros do setor de se beneficiarem com isenções fiscais, e, ao mesmo tempo, assinar contratos diretos com transnacionais, algo contrário à Constituição.
Governo boliviano declarou três dias de luto nacional
O governo boliviano declarou três dias de luto nacional pela morte do vice-ministro de Regime Interior, Rodolfo Illanes, sequestrado e assassinado por cooperativistas mineiros que mantinham bloqueadas várias estradas do país.
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10 preguntas y 10 respuestas sobre el conflicto con los “cooperativistas” mineros en Bolivia