Num dia Temer convoca Forças Armadas para impedirem manifestações na Av. Paulista. Noutro, a Secretaria de Segurança de SP proíbe protestos no domingo (4) em ato contra o golpe. PM vai isolar a Paulista com desculpa de que via será reservada à tocha paraolímpica.
O usurpador Michel Temer (PMDB) autorizou o emprego das Forças Armadas durante a passagem da tocha paralímpica, no próximo domingo (4), na Avenida Paulista. O objetivo é “a garantia da lei e da ordem”.
A decisão foi publicada no Diário Oficial desta quinta-feira (1º). Só que, para a mesma data e local, foram marcados protestos contra o governo de Temer.
A atuação da Marinha, do Exército e da Aeronáutica ocorrerá como força de contingência, caso o governo de um dos cinco estados que receberão a Tocha solicite o apoio das Forças; e em ações de enfrentamento ao terrorismo, caso seja necessário realizar alguma varredura química, biológica, radiológica ou nuclear, afirma o decreto do presidente da República.
Jogada Ensaiada
A revelar uma clara jogada ensaiada destinada a aumentar a repressão contra a resistência democrática, após reprimir violentamente os atos contra a presidência de Michel Temer em função do impeachment de Dilma Rousseff na noite de ontem (31), a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, estado governado por Geraldo Alckmin (PSDB), decidiu impedir que manifestantes se reúnam domingo (4) para protestar contra o golpe parlamentar. A Polícia Militar vai isolar a Avenida Paulista durante todo o dia, com a desculpa de que a via estará reservada para a passagem da tocha paraolímpica.
Escalada da Repressão Policial Militar
O decreto de Temer a nota da Secretária de Segurança de Alckmin evidenciam uma fina articulação com vistas a desfechar a repressão se valendo da combinação dos recursos militares e policiais da União Federal (Forças Armadas, a Policia Federal, ABIN e outros) e os Estados (Policia Militares e policias civis) com vistas a promoverem uma escalada de criminalização e repressão as mobilizações e organizações democráticas.
Como diria Millor Fernandes: “O Brasil, tem um grande passado a frente”, mais exatamente o passado dos anos de repressão e terrorismo de Estado da ditadura civil-militar inaugurada com o golpe de 1964!
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