Raul Pont: Nós não temos nenhuma responsabilidade diante das alternativas que sobraram.

Conhecidos os resultados que levarão ao segundo das eleições em Porto Alegre as candidaturas do PSDB e PMDB, o candidato petista Raul Pont falou a militância.

Às 20h, assim que ele começou a falar, teve de parar várias vezes por conta dos gritos de apoio, contra Temer, contra a Rede Globo e pelo voto nulo no segundo turno. Tranquilo, ele disse jamais ter visto um partido “tão perseguido como o PT”, criticou a mídia e minimizou o fracasso nas urnas.

Tendo ao seu lado o ex-ministro Miguel Rossetto Pont afirmou:

Sofremos uma derrota eleitoral, mas as lutas do povo brasileiro continuarão cada vez mais revitalizadas. Não temos de nos preocupar (achando) que essa é uma derrota definitiva. Pelo contrário.

Pont salientou que tanto Nelson Marchezan (PSDB) quanto Sebastião Melo (PMDB) fazem parte do “golpe orquestrado e organizado pela direita com a cumplicidade do judiciário e com o monopólio dos meios de comunicação”. Por conta disso, ele projetou uma refundação dos blocos de esquerda.

“Nossa aliança com o PC do B segue e há necessidade de sentar com outros partidos do campo da esquerda”, frisou Pont. “Podemos ter métodos distintos, mas somos responsáveis o suficiente para saber que temos que sentar na mesa com PSol, com PSTU e outros para contribuir com uma resistência a esse golpe”, afirmou. “É assim que a gente faz política e vai aprendendo quem são os verdadeiros inimigos e os verdadeiros adversários.”

Ao final, Pont afirmou:

Nós não temos nenhuma responsabilidade diante das alternativas que sobraram. Temos agora é que organizar a resistência popular e sindical — concluiu, ao ser abraçado por um grupo de jovens e pular com eles no meio do salão.

Com Correio do Povo