Fora Temer ! Diretas Já ! A Maior Marcha da história!

200 mil em Brasília por Nenhum direito a menos! Fora Temer! Diretas já!

A capital federal parou hoje (24) demostrando claramente que Temer não tem como governar, tem de sair. Não é apenas um presidente denunciado e investigado, como é o homem indicado pelo mercado para acabar com os direitos sociais e trabalhistas. Ficou claro também que a população não quer eleição indireta, quer votar para presidente.

A marcha, organizada pela CUT e demais centrais sindicais e movimentos sociais, saiu por volta do meio-dia da frente do Estádio Mané Garrincha e seguiu organizada e absolutamente tranquila até a frente do Congresso Nacional, onde uma barreira da Polícia Militar e Polícia Legislativa do Distrito Federal impediu que os manifestantes ocupassem o gramado.

Enquanto dirigentes e Deputados Federais e Senadores faziam discursos,  as forças de segurança do DF de forma truculenta atacaram os manifestantes, entre eles, crianças e idosos, que estavam pacificamente se manifestando por seus direitos e contra o presidente ilegítimo, golpista e corrupto.

Para o presidente da CUT, Vagner Freitas, Temer mais uma vez mostra que é fraco e covarde. “Tão covarde que tentou esconder uma manifestação  pacífica de mais de 200 mil pessoas contra suas reformas neoliberais atrás de um nuvem de gás lacrimogêneo. E tão fraco que correu para se esconder atrás das Forças Armadas. Fora, fraco. Fora, covarde. Fora, Temer.”

A marcha promovida em 24 de maio pelas centrais sindicais e movimentos sociais, em Brasília, foi “a maior da história”, na avaliação da CUT, mostrou que o presidente Michel Temer “não tem como governo, tem de sair”.

Violência tenta encobrir manifestação histórica

diretas já

Brasília viu hoje uma das maiores manifestações de sua história, avalia o  coordenador da Frente Brasil Popular (FBP), Raimundo Bonfim. Para ele, a forte repressão policial, a convocação do aparato militar e a produção de cenas de violência e barbárie tiveram a finalidade de encobrir, pelos meios tradicionais de comunicação, uma grande e vitoriosa mobilização popular.

“A Frente Brasil Popular repudia veementemente o uso de repressão policial e das Forças Armadas que agrediu milhares de brasileiros e brasileiras dentre os 200 mil que participaram da Marcha da classe Trabalhadora, organizada com unidade de todas as centrais sindicais e com a participação das Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo”, afirmou em nota a organização.

“O uso das Forças Armadas, de bombas de gás lacrimogêneo e bala de borracha demonstra a atual fraqueza do governo de Michel Temer e seus aliados, ainda mais instável após as inúmeras denúncias de corrupção que envolvem o próprio presidente.”

O esquema à direita foi preparado pelo governo do Distrito Federal

De acordo com Raimundo Bonfim, que atendeu ao telefone numa região próxima à rodoviária, no Plano Piloto, para onde tiveram de recuar os caminhões, o local tinha ainda muita gente, inclusive crianças, que nem manifestante é. “E as bombas não param.” Segundo ele, há dificuldade de comunicação, os sinais de internet e celular estão difíceis. “Desde a primeira vez que pisei em Brasilia, em 1989, nunca vi uma manifestação tão grande. Muito menos uma repressão tão pesada”, afirmou.

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Para a FBP, as Forças Armadas rebaixaram o seu papel ao servir de instrumento político para um “governo moribundo” e atacar indiscriminadamente dezenas de milhares de brasileiros. A organização acredita que alguns poucos infiltrados no movimento pacífico com a finalidade de provocar a repressão militar. “Sem forças, sem apoio popular e vendo sua base golpista pular do barco, Temer criminaliza e persegue os movimentos sociais”, observa a entidade que reúne dezenas de movimentos sociais. “Fomos às ruas hoje para exigir a saída do presidente, eleições diretas e a retirada das reformas da previdência e trabalhista e serão as ruas os nossos espaços sociais de luta até a derrubada de Temer e sua pauta de retirada de direitos.”

Com CUT , Frente Brasil Popular e Forum

Nota da CUT: Maior Marcha da história

O eixo monumental de Brasília foi tomado por 200 mil manifestantes que protestaram de forma pacífica contra as reformas trabalhista e da Previdência exigindo a retirada imediata das propostas do Congresso, recusaram o “golpe dentro do golpe” com eleição indireta de presidente, defenderam que a palavra tem que ser dada ao povo soberano em eleições diretas já!

A participação da CUT, em unidade com todas as centrais, foi importante para o sucesso do Ocupa Brasília.

Mas, quando o início da Marcha chegou próximo ao Congresso Nacional, o Estado mostrou sua falta de preparo para receber uma manifestação democrática e a polícia, mais uma vez, agiu de forma repressora como sempre faz em atos de trabalhadores e trabalhadoras, que hoje, em Brasília, exerciam seu legítimo direito de manifestação. Milhares de mulheres, e homens, jovens e crianças foram recebidos com balas de borracha e gás lacrimogêneo.

Temer se aproveitou disso para invocar as Forças Armadas para a defesa da “ordem”, lembrando os piores momentos da ditadura militar.

A CUT e as demais centrais não vão esmorecer na luta em defesa dos direitos e da democracia, devendo reunir-se para discutir a continuidade da luta e, continuando a tramitar as reformas, adotar o chamado a uma nova greve geral maior do que paralisou o Brasil em 28 de abril.

 A luta continua!
Nenhum direito a menos!
Fora Temer!
Diretas já!