Venezuela: Revolução Bolivariana elege mais de 300 das 335 prefeituras nas eleições municipais

Votaram 9.340.000 eleitores. Recorde em uma eleição municipal, apesar dos chamados à abstenção. Mais de 47% de participação’, comemorou Maduro.

 O chavismo conquistou neste domingo (10/12) mais de 300 das 335 prefeituras nas2017-10-15t212234z-181423690-rc11ef7642e0-rtrmadp-3-venezuela-election eleições municipais venezuelanas, afirmou o presidente Nicolás Maduro durante discurso na praça Bolívar, em Caracas. O Partido Socialista Unido da Venezuela venceu em algumas das principais cidades do país, como Maracaibo, Barquisimeto, Valencia, Maturín, Barcelona, Puerto la Cruz e Cidade Bolívar.

“Votaram 9.340.000 eleitores. Recorde em uma eleição municipal, apesar dos chamados à abstenção. Mais de 47% de participação. Nove milhões pela repulsa à oligarquia nacional, a oligarquia teve medo de se medir, porque estou seguro que iríamos obter igualmente uma grande vitória”, disse Maduro.

O Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV) ganhou 22 das 23 capitais. A projeção é que com o resultado final vença em mais de 90 por cento das prefeituras do país. Dos já contabilizados, 9.139.564 pessoas (47,32% dos eleitores) votaram nas autárquicas, afirmou a responsável do CNE, Sandra Oblitas.

Em Caracas, a candidata do PSUV, Erika Farias, foi eleita para presidir o município Libertador, o maior do Distrito Capital. Do mesmo partido, José Vicente Rangel Ávalos vai presidir ao populoso bairro de Petare, considerado um bastião do “chavismo”. Ainda no Distrito Capital, as câmaras municipais de El Hatillo, Chacao e Baruta vão ser conduzidas por opositores do regime.

No estado de Zulia (noroeste), onde o governador Juan Pablo Guanipa foi recentemente destituído pela Assembleia Constituinte, por não reconhecer esse organismo, a Câmara Municipal de Maracaibo será liderada por Omar Pietro, do PSUV. Nesta eleição, Pietro derrotou o líder opositor Manuel Rosales, fundador do partido Um Novo Tempo. Assim, o PSUV ganha 19 dos 23 estados.

De acordo com a imprensa venezuelana, as eleições decorreram com tranquilidade. À noite, o povo saiu as ruas de suas respectivas cidades para comemorar as eleições junto aos seus candidatos.

No município de Libertador, que faz parte da região que compõe a capital Caracas, uma mulher foi eleita pela primeira vez: Érika Farias, do PSUV.

No Estado de Zulia, onde houve uma nova eleição para governador – após o oposicionista eleito em outubro ter se recusado a assumir o cargo perante a Assembleia Nacional Constituinte –,um candidato chavista, Omar Prieto, também ganhou.

“Hoje podemos dizer oficialmente: a Revolução [Bolivariana] ganhou 19 governadorias, com a Governadoria de Zulia, com 57% dos votos populares, de um dos Estados mais votantes do país”, afirmou o presidente.

“Se eles não querem eleições, o que eles estão fazendo? Qual é a alternativa? Guerra civil?”

Apesar de boa parte da oposição ter se recusado a participar do pleito, partidos antigoverno obtiveram vitórias em algumas das cidades, incluindo a capital do Estado de Táchira, San Cristóbal.

“Um partido que não participou hoje não pode mais participar”, disse Maduro. “Se eles000-v216w não querem eleições, o que eles estão fazendo? Qual é a alternativa? Guerra civil?”, questionou.

A MUD (Mesa da Unidade Democrática), principal força da oposição, acusou novamente fraude no pleito, mas sem apresentar provas. Segundo a MUD, o uso “perverso” do “carnê da pátria” – espécie de cartão onde ficam registrados os benefícios sociais recebidos por cada cidadão – “submeteu a vontade de um povo em situação de extrema necessidade”.