O Motorista de Taxi, filme sul-coreano, dirigido por Jang Hun, pré indicado ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro serve tanto, à alguns para recordar de nossa última ditadura e, a outros como um exercício à imaginar como seria o Brasil sob uma ditadura militar. 

Baseado em fatos reais, o filme O Motorista de Táxi, apresenta uma história marcante da Coreia do Sul, através do olhar inocente e pacato de um cidadão comum.

Em 1980 na cidade de Gwangju os estudantes universitários vão as ruas protestar contra a ditadura militar. Os militares com receio que essa revolta se espalhasse pelo país, isolaram a cidade para reprimir os protestos.

A narrativa da violenta repressão desatada pelos militares só foi possível graças a Peter (Thomas Kretschamann), um repórter alemão, que foi até Seul para tentar chegar até a cidade e mostrar a repressão das forças armadas. No entanto, Peter jamais conseguiria registrar os fatos se não fosse a ajuda do taxista Man-Seop (Song Kang-Ho), que aceitou  graças ao alto valor que receberia pelas corridas levar o jornalista até os locais dos fatos recebendo um valor alto pela corrida.

O motorista perdeu a esposa, mal consegue com as despesas da filha pequena e, que, no entanto, quando vê estudantes universitários nas ruas protestando contra a ditadura militar na Coreia do Sul, chama-os de “vagabundos”.  No desempenho das viagens com o jornalista o taxista passará a ver a vida de fato como ela de fato era na Coréia : opressão, arbítrio e violência.

O Motorista de Táxi, consegue ser um bom entretenimento, um exercício à imaginar como seria o Brasil hoje sob uma ditadura militar.