Por Lúcio Costa
A aplicar a máxima de que o “show tem de continuar” hoje as 17.00 horas a Folha de São Paulo alardeava que o Promotor Conserino, do MP paulista, havia pedido a prisão preventiva do Presidente Lula.
De lembrar que esse é o Promotor que “estranhamente” desistiu de ouvir Lula na quinta-feira passada, as vésperas do episódio da tentativa de sequestro e envio do ex-presidente para a cárcere de Curitiba.
Como a operação Congonhas deu com os burros na água trouxeram o figurante que havia sido relegado a segundo plano novamente ao palco. Esse não deve ter tido muito trabalho para requerer a prisão preventiva, pois segundo informações não desmentidas o requerimento já estava pronto a tempos, a aguardar a melhor hora para ser usado
Assim, frustrada a operação Congonhas o golpismo volta a carga nas as vestes de um promotor que já no início do inquérito e antes de findas as investigações havia em entrevista a Veja aonde, em evidente prejulgamento, dizia acreditar ser Lula culpado.
Se mantido um compromisso mínimo com a Constituição e a legalidade provavelmente o Poder Judiciário indeferirá o estapafúrdio pedido do Promotor eis que, descabe completamente o requerido.
No entanto, ainda que não seja decretada a prisão preventiva de Lula a conspiração golpista terá em parte atingido parte seus objetivos, pois será alimentado um clima de intimidação e histeria necessário ao aplastamento da resistência democrática na sociedade e, ao isolamento dos setores legalistas do Judiciário e das Forças Armadas.
Daí porque, a repetir o espetáculo já encenado por Moro tudo foi feito terá sido feito à tempo da edição do Jornal Nacional da Globo, dos noticiários da GloboNews e que fossem possíveis as manchetes dos jornalões udenistas da sexta-feira.Tudo na medida necessária a convocatória das marchas golpistas.
Tudo isso a por água no moinho das manobras para depor Dilma, condenar Lula, cassar o registro do PT e, com isso criar as condições para a realização de uma contrarreforma liberal que jogue por terra a CLT e os direitos sociais garantidos pela Constituição.
É tempo de vigília e unidade democrática.