Liderado principalmente por mulheres, milhares de manifestantes fizeram na tarde do domingo (15) um ato contra o presidente interino Michel Temer (PMDB) em São Paulo.
Segundo a organização, foram pelo menos 10 mil pessoas que se reuniram na Avenida Paulista e saíram em caminhada até a Praça Roosevelt, no centro da cidade. O ato transcorreu de forma pacífica embora, em frente à Federação das Industrias de São Paulo (Fiesp), tenha havido bate-boca e ameaças entre os manifestantes e apoiadores do impeachment da presidenta Dilma Rousseff (PT).
O ato foi encerrado em frente à Fiesp, com gritos de “golpistas, fascistas, não passarão. Os movimentos União Brasileira das Mulheres e da Marcha Mundial das Mulheres lideraram a caminhada. Durante o trajeto, os manifestantes gritaram “Fora Temer”, “Temer traidor”, “vem pra rua vem, contra os golpistas”, além de palavras de apoio a Dilma e críticas à Polícia Militar.
As organizadoras explicaram os motivos pelos quais optaram por ir até a Federação. “Hoje nós voltamos à Fiesp para mandar um recado para aos empresários e para o Skaf, que nós não nos calaremos diante desse golpe, e se eles acharam que nos enterraram, se enganaram. Nós somos sementes e essa semente está dando fruto pelo país todo, não é só em São Paulo, no país e no mundo. Diremos não ao retrocesso, nenhum passo atrás e nenhum direito a menos. Se a Fiesp continuar achando que pode meter o dedo nos direitos trabalhistas, ela que se prepare, porque hoje ocupamos a Paulista, amanhã pode ser a Fiesp”, gritaram as mulheres contra Temer na Av. Paulista.
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Cidades têm manifestações contra Temer e o impeachment de Dilma
Além de protestar contra o processo de impeachment, que afastou a presidenta Dilma Rousseff por até 180 dias, o ato também foi contra a falta de mulheres e de negros no atual ministério – anunciado por Temer na semana passada.
*Com informações da Mídia Ninja e Agência Brasil
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