Em Brasília, 200 mil pessoas em defesa da democracia ocupam a Esplanada dos Ministérios, segundo estimativa dos Jornalistas Livres. No Rio de Janeiro, habitantes das comunidades desceram para um dos maiores bailes funk da história de Copacabana (leia aqui).
Em Salvador, a manifestação foi no Farol da Barra. Em São Paulo, no Vale do Anhangabaú, com apoio de movimentos sociais, como a Central Única dos Trabalhadores (CUT), o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) e a Central de Movimentos Populares (CMP).
Confira, abaixo, algumas imagens desta tarde em Brasília:
Leia, ainda, reportagem sobre as manifestações em São Paulo:
Manifestantes contrários ao impeachment se reúnem no Vale do Anhangabaú
Daniel Mello – Repórter da Agência Brasil
Em meio à multidão, circulam grupos tocando percussão e berimbau. São ouvidos gritos com palavras de ordem e estouros de fogos de artifício. Com bandeiras de sindicatos e movimentos sociais, vários participantes estão vestidos de vermelho e levam faixas e adesivos que classificam o processo contra Dilma de golpe. “Estão tirando ela do poder para eleger quem eles querem sem ter uma nova eleição”, reclamou Guilherme Nadoni, de 22 anos.
Para o jovem, não existem razões para que a presidenta deixe o Palácio do Planalto. “Estou aqui pela democracia que está em risco com esse golpe que está sendo feito. A Dilma é ficha limpa, não fez nenhuma ilegalidade”, destacou o jovem, que veio de Interlagos, zona sul paulistana, mesmo não sendo um apoiador do governo. “Na verdade, eu não gosto do governo atual, mas não acho que o golpe é certo.”
As suspeitas contra os deputados que conduzem o impeachment são, na opinião da cientista política Daliane Saroba, de 38 anos, um dos principais problemas do processo. “Eu não reconheço nas pessoas que estão fazendo o julgamento nenhuma credibilidade”, disse. “O mesmo crime que está sendo imputado a ela o TCU não imputou aos governos Lula [Luiz Inácio Lula da Silva] e FHC [Fernando Henrique Cardoso]. Não está havendo imparcialidade”, acrescentou a cientista política.
Daliane afirmou que não está confiante em relação ao desfecho da votação desta tarde. “Eu acredito que ela não vai escapar”, opinou. No entanto, a cientista política defende a importância de marcar posição. “A cidadania se traduz em participação política. Você só tem como interferir na ordem social quando se manifesta.”
Entre os apoiadores do ato no Anhangabau estão a Central Única dos Trabalhadores (CUT), o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) e a Central de Movimentos Populares (CMP).
Fonte: Agência Brasil